domingo, 14 de julho de 2013

COMO ANDA A SUA LÂMPADA?

Existo há 4 décadas e já começo a esquecer. Não se trata do passado, mas de algumas coisas que fiz há pouco tempo, como por exemplo: será que fechei a porta? Será que desliguei o ferro de passar? Minha mente deu pane por alguns segundos, e por isso, passei a me preocupar com a memória. E sei que muita gente está sentindo a mente falhando. Será que se deve ao fato de estarmos nos acostumando a apertar um botão, uma tecla, só armazenando informações sem pararmos para processá-las? Será apenas um esgotamento físico? Falta de zinco? Será tudo ao mesmo tempo ou ao mesmo tempo nada? Quem poderá tirar a minha dúvida?

Já observei que adolescentes também esquecem objetos, estão distraídos. E o que os jovens mais manuseiam? Videogame, computador...A toda hora, recorremos à máquina de lavar, ao microondas, ao celular. Neste, usamos calculadora e vemos o calendário, pois se torna mais fácil. E o que dizer do controle remoto e do GPS? Queremos localizar tudo rápido, buscamos praticidade, porém usamos menos o cérebro. Estou certa ou errada? As máquinas fazem tudo por nós. O próprio computador faz por onde gravar a nossa senha se quisermos.

Quem quer ler um manual de orientações? Quem é que ainda lê cardápio? Não queremos perder tempo pensando. E aí? Isso tem se refletido na sala de aula ao observarmos alunos impacientes. Fala-se que o estresse é o mal do século, então, o esquecimento segue suas pisadas. E o que é pior, ficamos também elétricos, perdemos horas de sono indo no ritmo das máquinas, aguardando concluir nossas atividades. Como fica a qualidade de vida? O homem moderno está dormindo menos, e sabemos o quanto o sono é importante para o corpo. Não é à-toa que existem as clínicas que tratam a insônia e outras complicações da mente estafada.

Eu me incluo no grupo que vive acelerado, pois lido com sala de aula, tempo contado para me deslocar de um trabalho para outro, e refeições atropeladas, até porque a nossa vida pede mais...é banco, é igreja, é supermercado, é fila, é reunião, e menos lazer. Então, diante das minhas dúvidas que são inúmeras, qual é a melhor idade para procurarmos um geriatra e fazermos uma prevenção? Principalmente, para conhecermos os sinais do Mal de Alzheimer.

Concluindo, minha mente está ótima, fresquinha, para assuntos de um passado distante! Porém, estou preocupada com aquela confusão mental, de quando questiono após fração de segundos: já fiz? Outra questão é a seguinte: dou aula sobre a idade média, daqui a pouco estou no século XIX, e em outra sala aterrisso no século XXI, devido ao conteúdo. Caminho do trovadorismo, pelo romantismo e chego aos nossos dias. E vale salientar que quando chego em casa tenho que lidar com as notícias de corrupção, plebiscito, a história do dia a dia. Como fica a mente depois de um dia assim? Minha formação é História e Letras. Você já se sentiu dessa maneira? Vamos interagir? Dê sua opinião. 


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